5. Preços e mercados
5. Preços e mercados
Definição de mercado
representa o local onde se encontram a oferta e a procura de um bem a um determinado preço.
O mercado é, então o local, em sentido físico ou abstrato, onde se compatibilizam a oferta e a procura de um bem, a um determinado preço.
Temos vários tipos de mercados, por ex:
Mercado de Valores, Mercado Automóvel, Mercado de Trabalho, etc.
A teoria da oferta e da procura demonstra como as preferências dos consumidores determinam a procura dos bens, enquanto que os custos das empresas são a base da oferta.
Do equilíbrio entre a oferta e a procura resulta o preço e a quantidade transacionada de cada bem.
Mecanismo de mercado
O mecanismo de mercado revela a forma como se conjugam os interesses entre a oferta e a procura que possibilita a formação do preço de mercado dos bens.
Procura e lei da procura
A procura representa a quantidade de bens que os compradores estão interessados em adquirir a um determinado preço.
Quanto mais baixos forem os preços maior será a quantidade procurada.
Graficamente representa-se por uma curva decrescente.
Procura individual: é a procura de cada um dos indivíduos como consumidores
Procura agregada: somatório das procuras individuais
Para cada bem existe uma procura:
– Individual – quantidade de bem que o consumidor esta disposto a adquirir a um determinado preço
– Agregada – Soma de todas as procuras individuais por parte de todos os possíveis compradores de determinado bem (famílias, empresas)
Lei da Oferta e da procura – Mantendo-se tudo o resto constante (ceteris paribus), o preço varia na mesma razão que a quantidade oferecida e na razão inversa da quantidade procurada.
Quantidade de equilíbrio: é a quantidade que iguala a oferta e a procura de um bem a um determinado preço.
Preço de equilíbrio: é preço onde se igualam as quantidades oferecidas e procuradas de um bem.
Ponto de equilíbrio: Ponto do gráfico da lei da oferta e da procura que representa o preço e a quantidade de equilíbrio.
5. Preços e mercados – Função Oferta e Procura
Função da procura
A relação existente entre o preço de um bem e a quantidade comprada desse bem é designada função da procura ou curva da procura
Efeito substituição – Aumento do preço de um bem A, torna atraente a compra de outro bem B que satisfaça a mesma necessidade a um preço mais baixo.
Efeito rendimento – Se tudo o resto se manter constante, e se baixar o preço do bem A, o consumidor aumenta o seu poder de compra (como se rendimento fosse maior)
Exemplo: Bens Inferiores – São bens de baixo custo, estes bens são consumidos maioritariamente em épocas em que o nível de rendimento é inferior. À medida que o rendimento passa a aumentar, os bens inferiores são preteridos por outros bens.
Lei da procura
Lei da procura
Outros factores que influenciam a procura
1 – nível de rendimentos dos consumidores
2 – preferências dos consumidores
3 – dimensão de mercado
4 – preços de outros bens (bens complementares ou bens sucedâneos)
Deslocações da procura
Quando existem alterações de fatores, que não o preço do próprio bem, que afetam a quantidade procurada, designam-se por deslocações da curva da procura.
A procura aumenta (ou diminui) quando a quantidade procurada para cada preço de mercado aumenta (ou diminui).
lei da oferta
A oferta e a lei da oferta
A lei da oferta traduz uma relação positiva entre os preços e a quantidade oferecida. Isto é, quanto mais altos forem os preços maior é o nº de produtores disponíveis a produzir mais quantidade.
Oferta individual é a oferta de cada um dos produtores
oferta agregada: somatório de todas as ofertas individuais
Outros fatores que influenciam a oferta
1 – Custo de produção
2 – evolução tecnológica
3 – preços de outros bens
4 – expectativas dos produtores
5 – condições climatéricas
Em resumo: Oferta representa a quantidade de bens que os produtores estão dispostos a vender a um determinado preço. Representa-se por S (Suply)
Oferta agregada: é o somatório de todas as ofertas individuais
Oferta individual: Representa a quantidade oferecida por cada produtor
5. Preços e mercados – Estrutura dos Mercados
Estrutura dos Mercados
A estrutura de cada mercado está relacionada com o nº de intervenientes e na forma como estes se relacionam entre si.
Existem dois tipos principais:
Concorrência Perfeita
Concorrência Imperfeita
Estrutura dos mercados
concorrência imperfeita
concorrência perfeita
Mercados de concorrência perfeita
Ela existe quando existem vários produtores que desejam vender o mesmo tipo de produtos e existem vários compradores.
Carateriza-se por um elevado nº de produtores e de compradores.
Pressupostos do mercado de concorrência perfeita
Atomicidade do mercado: existência de um elevado nº de compradores e vendedores de reduzida dimensão, que não conseguem, individualmente, influenciar significativamente o mercado, em particular, o seu preço.
Homogeneidade do produto: características dos produtos que são semelhantes em que para o consumidor é indiferente consumir uns ou outros.
Livre entrada no mercado: carateriza-se pela inexistência de obstáculos à entrada ou saída do mercado, podendo todos os seus participantes entrar ou sair livremente sem qualquer barreira.
Transparência perfeita: todos os intervenientes dispõem de um livre acesso às informações respeitantes ao mercado, nomeadamente sobre os preços praticados e a qualidade dos bens
Mobilidade dos fatores: os fatores de produção podem ser deslocados de uma unidade produtiva para outra, de modo a poder estar em cada momento na unidade que proporcionar maior rentabilidade.
Formação do preço em concorrência perfeita
No mercado de concorrência perfeita o preço é formado através do ponto de equilíbrio de mercado o preço de equilíbrio entre a oferta e a procura.
Preço de equilíbrio no mercado de concorrência
Sempre que falamos de um equilíbrio estamos a referir-nos a um preço e a uma quantidade em que são compatíveis os desejos dos consumidores e dos produtores. (procura e oferta)
Mercados de concorrência imperfeita
Não existe atomicidade. Existem empresas de grande dimensão que conseguem influenciar os preços e a quantidade de bens oferecidos.
Não existe livre entrada no mercado
Nem sempre se verifica a livre entrada no mercado porque a dimensão das empresas constitui por si só um obstáculo a qualquer nova empresa que tente entrar mercado.
Não existe homogeneidade de produtos existe um elemento diferenciador, os produtos têm características especificas que os diferenciam.
Transparência de mercado: nem sempre as informações estão disponíveis a todos os intervenientes da mesma forma.
A mobilidade dos factores é posta em causa por diversas razões, por exemplo, as tecnologias usadas pelas diferentes empresas. Se uma determinada empresa pretender deixar de produzir um bem para passar a produzir outro, considerado mais lucrativo, pode ter como dificuldade o acesso às diferentes tecnologias utilizadas no processo de fabrico. Mesmo quando não há impedimentos legais, podem existir dificuldades de ordem prática, como o acréscimo de custos, uma vez que, nem todos os factores produtivos gozam de verdadeira mobilidade.
Monopólio
No monopólio um vendedor comercializa bens a muitos compradores. Os preços e as quantidades são fixados para maximizar o lucro.
Como representa um investimento de grande envergadura é muito difícil a entrada nesta mercado.
Nº Produtores: apenas um
Controlo sobre o preço: total controlo sobre o preço
Bens produzidos: único
Concorrência: nenhuma (inexistente)
Concorrência monopolistica
Neste caso existe um grande de empresas que comercializam produtos semelhantes que se diferenciam uns dos outros pela marca, publicidade, ou outra caraterística especifica.
Ver também: https://pt.wikipedia.org/wiki/Concorrência_monopolística
Oligopólio
é uma situação de mercado em que um nº reduzido de produtores comercializar a um grande nº de consumidores.
A concorrência entre oligopólio prende-se em serviços pós venda, nas garantias adicionais, e outros extras que os possam diferenciar.
É difícil entrar no mercado porque este se encontra dominado por poucas empresas de grande dimensão.
tipos de mercado
5. Preços e mercados – Associações e Parcerias Empresariais
Associações e parcerias empresariais
Existem estratégias de redução de custos que possibilitam a obtenção de sinergias que possibilitam a criação de parcerias e associações empresariais.
Concentração horizontal
Consiste na reunião de empresas que fabricam o mesmo produto e desta forma podem beneficiar de economia de escala.
Concentração vertical
é a junção de empresas que trabalham em fases distintas da produção e desta fora podem reduzir-se os custos intermédios.
A empresas funcionam umas como fornecedoras das outras.
Concentração conglomeral
É uma forma de concentração empresarial que congrega sob um centro de decisão único diversas empresas que podem ser semelhantes ou não. O objectivo deste tipo de parceria é obter mais-valias por intermédio de estratégias de diversificação variadas.
Cartel
Aquisição
Verifica-se quando uma empresa adquire outra que desta forma deixa de existir para passar a fazer parte da primeira.
Fusão (trust)
Consiste na associação de duas ou mais empresas de que resulta uma nova empresa que utiliza os fatores produtivos das anteriores.
Fusões e aquisições
Operações que conduzem a que o controlo de capital de uma empresa mude de mão. Procura-se obter ganhos de eficiência através do aproveitamento de economias de escala, da racionalização de processos, da criação de canais de distribuição alternativos, etc. Procurando constranger a concorrência.
– Na fusão – as empresas decidem fundir as suas atividades e organizar um controlo comum dos ativos.
– Na aquisição – amigável ou hostil – uma das empresas adquire participação na outra
Ambas tendem a incidir em sectores com elevada intensidade tecnológica (eletrónica, informática, automóvel, farmacêutica).
Related:
http://www.iapmei.pt/iapmei-art-03.php?id=1329
https://www.portal-gestao.com/artigos/6366-o-que-são-fusões-e-aquisições.html
Questões de Exame – Preços e Mercados
Exercício nº 1
Exercício nº 2
Exercício nº 3
Exercício nº 4
Exercício nº 5
Exercício nº 6
Exercício nº 7
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Exercício nº 10
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Exercício nº 37
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