. Relações económicas com o Resto do Mundo
Relações Internacionais

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As relações económicas com o Resto do Mundo

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  1. Necessidade e a diversidade de relações internacionais

Nos dias de hoje existe uma grande quantidade de produtos que adquirimos diariamente e que são produzidos fora do nosso país. A produção nacional é insuficiente para assegurar as necessidades da população, e, por outro, muitos dos bens que consumimos não são produzidos em Portugal.
Nunca como nos nossos dias as relações entre os diversos países foi tão importante como hoje. Não existe atualmente nenhum país que esteja tão fechado ao resto do mundo que não sofra influência externa.
Existem matérias-primas e condições de produção técnicas e humanas que levam a que certos bens e serviços não possam ser produzidos em Portugal. Por exemplo Portugal não produz petróleo, logo é obrigado a importar este bem que é fundamental para a economia. É devido a esta falta de capacidade de produção interna que leva os países a precisarem de efetuar trocas uns com os outros com o objetivo de conseguirem os bens e serviços de que necessitam.
comércio é a atividade de troca que possibilita o escoamento dos bens. Esta atividade realiza-se entre agentes nacionais e agentes de outros países (Resto do Mundo). Quando é realizada dentro do território nacional por agentes residentes nesse país, designa-se comércio interno. Quando a atividade de troca é realizada entre agentes nacionais e agentes do Resto do Mundo, denomina-se comércio externo.
Com o aparecimento da moeda e substituição da troca direta passaram a ser facilitadas as trocas que tiveram um aumento da sua frequência.
Contudo foram os descobrimentos que aproximaram culturas muito afastadas de natureza muito diversa, e permitiram a introdução na Europa de diferentes hábitos de consumo impulsionando desta forma o comércio Internacional.
É necessário distinguir o conceito de comércio externo do comércio internacional. O comércio internacional, é um conceito genérico relativo ao comércio que é praticado entre os diferentes países do mundo. O comércio externo respeita à análise, do ponto de vista de um país concreto, das relações que este estabelece com o exterior.
As razões que explicam a especialização
Por que razão é que os países não são auto-suficientes, isto é, não produzem tudo aquilo de que precisam?
O que ocorreu ao longo dos tempos é que as sociedades, tal como os indivíduos sofreram um processo de especialização que originou as diferenças de produção a que assistimos e que levam a que se fale da Divisão Internacional do Trabalho (DIT).
Os países apresentam capacidades e características muito diferentes, pelo que divergem bastante uns dos outros. Por um lado,
Divisão Internacional do Trabalho
¨  Sabemos que:
¤   Os países desenvolvidos produzem normalmente, bens que incorporam a tecnologia mais avançada; (ao incorporarem tecnologia, permitem a criação de mais valias).
¤  Um outro grupo de países, os chamados Novos Países Industrializados (NPI), produzem já muitos bens industriais, mas geralmente, são bens de baixo valor acrescentado. (Por ex. a maior parte dos produtos produzidos na China têm ainda um baixo valor acrescentado).
¤  Finalmente, um outro grupo, que engloba os países mais pobres, limita-se a produzir bens primários, bens com pouca ou nenhuma transformação. (vendem apenas produtos não transformados, por exemplo os países da américa do sul, exportam produtos agrícolas mas não transformados, logo criam um baixo valor acrescentado).
¨  As razões que estão por detrás desta especialização são diversas:
¤  Desigualdade na distribuição dos recursos naturais (Portugal não produz gaz natural porque ele não existe no subsolo português).
¤  Factores de natureza geográfica, como o clima, o relevo e tipo de solo são diferentes, condicionando e diversificando, a produção dos diferentes países;
¤  As desiguais disponibilidades de capital, bem como de formação de mão-de-obra; (a mão de obra especializada, capital humano é cada vez mais decisiva na competitividade de uma nação)
¤  O nível de desenvolvimento tecnológico. (capital técnico)
Teoria das Vantagens comparativas
¨  Os países apresentam pelas razões anteriormente mencionadas alguns países apresentam vantagens comparativas, relativamente a outros, na produção de determinado tipo de bens tendo-se portanto especializado neles.
¨  Esta teoria remonta ao séc. XIX quando David Ricardo, economista inglês do início do séc. XIX publicou a sua obra “Teoria das Vantagens Comparativas”.
Por exemplo nas relações existentes entre Portugal e o Reino Unido, existiu desde sempre uma tendência para Portugal se especializar na produção de bens primários e por seu lado, o Reino Unido especializou-se em bens industriais. Por esta razão, na relação da Balança Comercial, o Reino Unido ficou a ganhar em relação Portugal.
Vantagem absoluta
Dizemos que um país tem uma vantagem absoluta na produção de um bem ou serviço quando é capaz de produzir esse bem ou serviço de modo mais eficiente do que os outros países. Essa vantagem pode ser natural, se existe nesse país de forma espontânea (por ex. os recursos naturais), ou adquirida, se é resultante de investimento como a formação ou o desenvolvimento tecnológico em áreas concretas. Por exemplo a nível da produção de carne bovina a zona dos Açores tem uma vantagem absoluta sobre qualquer outra zona do território português.
Entretanto, um país pode apresentar vantagem absoluta em relação a muitos (ou todos) os produtos e, mesmo assim, optar por se especializar apenas na produção de alguns.(Vai optar pelos produtos que têm maior valorização económica).
Nesta situação, o país vai especializar-se na produção daqueles bens em que é comparativamente mais eficiente, adquirindo a outros países os restantes produtos. O país, ao dedicar-se à produção dos bens em que é comparativamente mais eficiente, vai obter maiores rendimentos que lhe permitem comprar a outros países os bens que deixou de produzir e ainda ficar a ganhar dinheiro. Esta situação resulta da teoria das vantagens comparativas.
Por exemplo a Suíça, é especializada em seguros, banca, relojoaria e produção de chocolates.
Definições:
Vantagem absoluta: Um país tem vantagem absoluta na produção de um bem, quando é capaz de produzir esse bem de forma mais eficiente do que os outros países
Vantagem comparativa: Um país deve especializar-se na produção dos bens em que é comparativamente menos eficiente, independentemente de ter, ou não, vantagem absoluta na produção de alguns bens.
Registo das relações com o Resto do Mundo
A Balança de Pagamentos
Regista todas as transações efetuadas entre uma nação e o resto do mundo



Balança Corrente
A Balança Corrente regista os fluxos de capital (entradas e saídas) que envolvem Bens, Mercadorias e Serviços também engloba a Balança de Rendimentos e a Balança de Transações Correntes
Balança de Mercadorias: Representa o afluxo de exportações face ao afluxo de importações
As importações, implicam saída de divisas (é moeda aceite em transações internacionais, como o dólar, o euro ou o yene).
As exportações pelo contrário implicam entrada de divisas devido à venda de produtos ao exterior.
Balança de Rendimentos:
Rendimentos de trabalho e Rendimentos de investimento
Balança de Serviços
Compreende as transações efetuadas na prestação de serviços entre residentes e não residentes. Engloba o turismo (Portugal tem valor positivo), transportes e direitos de autor e royalties, comunicações e informática.
Taxa de cobertura
Taxa de cobertura = (valor das exportações / valor das importações) X100
A taxa de cobertura, representa a percentagem do valor das importações que é paga pelas exportações.
Se a taxa de cobertura for maior que 100%, significa que o país está com um saldo positivo.
Se a taxa de cobertura for igual a 100% significa que o país está com saldo nulo relativamente às importações
Se a taxa de cobertura for inferior a 100% significa que o país está em défice comercial, as importações valem mais que as exportações.
No caso de Portugal, com algumas exceções temos regularmente um saldo tendencialmente negativo.
Estrutura da Balança Comercial
Representa o desenvolvimento do país
Isto é, os países mais desenvolvidos tendem a ter exportações de bens com mais valor acrescentado. Produtos transformados que incorporam tecnologia.
Na questão dos países menos desenvolvidos optam por produzir bens com pouco valor acrescentado em que a tecnologia é muito baixa.
Os países subdesenvolvidos têm um elevado grau de dependência tecnológica.
Grau de abertura ao exterior
[(Valor das Importações + Valor das Exportações)/ PIB] X 100
O grau de abertura ao exterior é outro indicador indispensável para se analisar a importância do comércio exterior.
Países mais desenvolvidos com uma economia aberta têm um grau de abertura ao exterior muito elevado.
Países mais fechados com uma economia semi-aberta, como por ex. cuba. Têm um grau de abertura mais baixo.

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