Poupança e investimento
Poupança e Investimento

Poupança e Investimento

Poupança e Investimento

Poupança e Investimento
Poupança e Investimento


A utilização dos rendimentos – o consumo e a poupança.
O rendimento gerado na atividade produtiva distribui-se pelos agentes nela intervenientes, procurando o Estado posteriormente, atenuar as desigualdades que ocorrem nessa repartição através de políticas de redistribuição dos rendimentos
Rendimento Disponível corresponde à parte do rendimento auferido pelos particulares que fica disponível para consumo, ou seja, corresponde ao rendimento que resta após o pagamento de todos os impostos e contribuições obrigatórias para a Segurança Social.
O Rendimento Pessoal Disponível pode ser utilizado sob duas formas: em consumo e ou em poupança. O consumo é a parte do rendimento destinada a aquisição de bens e serviços que permitem satisfazer as necessidades.
Poupança: é a parte do rendimento que não é empregue em consumo, constituindo uma renúncia à satisfação imediata de necessidades, de modo a ser possível satisfazer necessidades no futuro. Poupar significa abdicar de uma certa quantia no momento presente, para a utilizar num momento posterior.
Principais razões que levam as famílias a poupar
Outro dos motivos que levam as famílias a poupar é o desejo de adquirir algo dispendioso, tornando-se necessário amealhar dinheiro durante um certo período de tempo até se perfazer a quantia total. Também podemos apontar o desejo de se efetuar um investimento posterior numa atividade considerada lucrativa como uma motivação para a poupança.
A incerteza quanto ao futuro pode ser outra razão para as famílias pouparem. Com efeito, o receio de não terem rendimentos no futuro ou, então, a vontade de se precaverem contra o aparecimento de despesas imprevistas leva-as a reservar uma quantia no presente, como meio de precaução.
Um outro factor que interfere no nível de poupança é o volume do rendimento, uma vez, que quanto maior for o rendimento mais probabilidade existe de haver remanescente depois de se deduzirem o consumo os impostos e os encargos sociais, deste modo existe uma maior propensão à poupança.
As expectativas quanto ao futuro são outro factor determinante da poupança, uma vez que, geralmente, há uma maior tendência para poupar nas situações em que é maior a incerteza quanto aos rendimentos futuros.
Por outro lado como vivemos numa sociedade de consumo, a poupança também depende do grau de consumismo das famílias. Pois muitas vezes a publicidade, as técnicas de venda agressivas e as facilidades de pagamento concedidas geram consumos exagerados e desnecessários.
Desta forma, as famílias, mesmo nos casos em que os rendimentos disponíveis são superiores aos gastos com o consumo, são tentadas a utilizar o excedente em bens de consumo, não reservando muito para situações futuras.
Contudo as famílias não são os únicos agentes económicos que efetuam poupança. As empresas também colocam parte dos seus lucros, poupando no presente para mais tarde investirem.
Destinos da poupança – a importância do Investimento
A fracção do rendimento disponível que é destinada à poupança pode ser aplicada de diferentes maneiras. Resumidamente podemos apresentar 3 destinos para a poupança: a colocação financeira, o entesouramento e o investimento.
Destinos da poupança – a importância do Investimento
Quando os detentores de um determinado capital decidem colocá-lo a render numa instituição financeira, diz-se que estão a aplicar a sua poupança. Uma das formas de aplicar a poupança é através da sua colocação em produtos financeiros.
Colocação financeira
A colocação financeira consiste então na aplicação da poupança em produtos financeiros disponibilizados por intermédio de instituições financeiros. Como exemplos de produtos financeiros podemos referir os depósitos a prazo, as ações, as obrigações, os certificados de aforro, os bilhetes do tesouro, os planos de poupança ou fundos de investimento
O montante a colocar e o período de tempo em que o aforrador está disposto a renunciar à utilização do capital são dois fatores decisivos na escolha do produto financeiro. Mas a seleção do produto mais adequado para cada aforrador deve também ter em conta diversos fatores.
Colocação Financeira
Factores a ter em conta:
Risco, se o produto garante, ou não, uma determinada rentabilidade ou se a taxa de rentabilidade é fixa ou variável;
Rentabilidade, se o rendimento esperado do produto é mais ou menos elevado;
Liquidez, se o título é mais ou menos facilmente convertível em moeda;
Fiscalidade, se existem benefícios fiscais associados ao produto e o tipo de tributação que incide sobre os rendimentos daí derivados.
Entesouramento
Outro destino possível para a poupança é o Entesouramento. Diz-se que há entesouramento quando a poupança fica à guarda dos seus proprietários ou, caso fique à guarda dos seus proprietários ou, caso fique à guarda de terceiros, cuja entrega não é feita com o objectivo de aumentar o valor do capital, pois o entesouramento não tem como intuito a rentabilização do património.
O entesouramento pode ser realizado através da guarda de valores em cofres ou outros locais semelhantes ou , então, através da aquisição, sem intenção de revenda, de bens que mão se depreciem com o tempo, com por exemplo, as joias.
Investimento
O investimento é outra alternativa para a utilização da poupança. Trata-se de canalizar a poupança para a atividade produtiva, de forma a possibilitar  a manutenção ou o aumento da sua capacidade. A poupança é, desta forma, utilizada na aquisição ou substituição de equipamentos e na reposição dos stocks de matérias primas utilizadas no fabrico de bens.
O investimento também pode ser denominado formação de capital, que por sua vez, se divide em duas componentes.
Formação de Capital:
FBCF;
Variação de existências
Investimento
Formação de Capital – FBCF
A formação bruta de capital fixo (FBCF), que designa o valor do investimento líquido realizado com a aquisição de bens duradouros (capital fixo) juntamente com o valor do capital fixo que foi consumido (amortizações), isto é, engloba o valor total que foi investido em bens de equipamento, edifícios, etc.
No primeiro caso, quando o investimento se relaciona com a aquisição de bens novos, estamos perante o investimento de capacidade; no segundo caso, trata-se de um investimento de substituição (ou renovação).
Investimento – Formação de Capital
A variação de existência, que representa as oscilações dos stocks de existências entre dois períodos diferentes. Normalmente, considera-se o período de um ano, sendo o seu cálculo efetuado pela subtração do valor das matérias-primas, produtos semiacabados e produtos acabados existentes no início do ano (no dia 1 de Janeiro) ao valor existente no final no ano (em 31 de Dezembro).
Existem várias classificações do investimento. Quando à sua natureza, o investimento pode ser classificado em três categorias:
Investimento material: quando diz respeito à aquisição de bens tangíveis, isto é, a compra de bens com existência física, bens corpóreos.
Investimento imaterial: quando se refere à aquisição de bens intangíveis, bens não corpóreos, como a prestação de serviços relacionados com a formação de I&D (Investigação e Desenvolvimento), a aquisição de marcas, patentes ou software informático, as despesas com publicidade, etc.
Investimento financeiro, se envolve a aquisição de ativos financeiros, como por exemplo, ações ou obrigações.
Investimento quanto à função
O investimento também pode ser classificada de acordo com as suas funções principais:
Assegurar a manutenção da capacidade produtiva através da reposição do capital à medida que este vai sendo utilizado – investimento de substituição ou renovação e aquisição de existências.
Investimento quanto à função
Manter os equipamentos e os processos de fabrico tecnologicamente atualizados para garantir a eficiência e competitividade das unidades produtivas – investimento de inovação.
Possibilitar o aumento da capacidade produtiva da unidade de produção através da aquisição de mais bens de equipamento – investimento de capacidade.
Investimento quanto à função
Não são só as empresas que investem, pois também o Estado realiza investimento ao construir infraestruturas públicas, como vias de comunicação, pontes, escolas ou hospitais. O investimento pode, assim, ser classificado em público ou privado. Conforme é efetuado pelo Estado ou Agentes privados.
Inovação tecnológica e desenvolvimento (I&D)
O Investimento em inovação tem vindo a ganhar cada vez mais importância nas sociedades atuais, desempenhando a tarefas fundamental de dinamizar a atividade económica.
Atualmente a investigação assume um papel decisivo na competitividade das empresas, pois é graças a ela que os produtos e processos de fabrico vão sendo sistematicamente inovados. Assim devem-se distinguir as inovações de processo, conforme se trate de alterações ao nível do produto ou do processo de fabrico.
Papel importante da inovação
Não são apenas as empresas  que apostam na inovação. Também o Estado procura estimular a descoberta mediante a atribuição de verbas para a investigação em Universidades, laboratórios, etc. e a concessão de patentes aos autores das descobertas. Portugal nos últimos anos tem feito vários progressos nessa área  aumentando o nº de bolsas de mestrados e doutoramentos concedidos, o nº de artigos científicos.
Distinção entre invenção e inovação
Importa distinguir os conceitos de inovação e invenção. A invenção tem como resultado a criação de um novo produto ou descoberta de uma nova técnica de fabrico ainda não existente. A inovação resulta de um melhoramento de um produto ou técnica já existentes. A lógica da sociedade de consumo baseia-se na necessidade de criar constantemente novos produtos no mercado, fruto da inovação , pois apenas são alteradas algumas das suas características ou funções – inovação aparente.
Financiamento da atividade económica – auto financiamento e financiamento externo
As empresas precisam de capital para se manterem em funcionamento, dado que têm de suportar encargos com existências, equipamentos, recursos humanos, etc. Entretanto, como nem sempre dispõem do total necessário para cobrir as despesas com a sua atividade, nalgumas situações, as empresas têm necessidade de recorrer a capital alheio. Assim, o financiamento das empresas pode ser efetuado por meio de fundos próprios ou alheios, tratando-se, no primeiro caso, de financiamento interno e, no segundo, de financiamento externo.
Financiamento da atividade económica – auto financiamento e financiamento externo
O financiamento externo pode ser obtido por dois processos: através de um financiamento indireto, recorrendo ao crédito das instituições financeiras, ou, então, por meio de um financiamento direto, acedendo ao mercado de títulos.
O crédito é fundamental para qualquer economia, pois permite potenciar o seu crescimento. O crédito estimula quer a produção viabilizando o investimento das empresas e possibilitando o seu financiamento pontual para resolução de problemas de tesouraria, quer o consumo das famílias, etc.
Financiamento externo indireto – o crédito
As empresas quando necessitam de fundos de que não dispõem recorrem por vezes as instituições financeiras para obterem crédito. O crédito consiste na cedência temporária de uma determinada quantia tendo como contrapartida os juros. O acordo estabelecido entre o detentor do capital  mutuante e o beneficiário do crédito mutuário é feito por meio de um contrato, o contrato mutuo (empréstimo).
Captação de poupança e concessão de crédito
Os bancos são instituições que se dedicam à captação das poupanças de que dispõe de capital excedentário isto é, de quem não necessita de utilizar todo o seu dinheiro durante um determinado período e que, por essa razão, o pode entregar àquelas instituições, recebendo, em troca, uma remuneração, um juro.
Criação de moeda escritural
A moeda escritural é aquela que resulta da captação de depósitos, a concessão de crédito e a criação de moeda escritural são as principais fontes dos bancos. Mas os bancos também se dedicam à guarda e administração de valores e à prestação de serviços e consultoria.
Mercado de títulos
Mercado secundário: é o mercado onde são transacionados os títulos emitidos no mercado primário que já reúnem condições de admissão a cotação em bolsa
Ações
As ações são títulos representativos do capital social das sociedades anónimas.
Desmaterialização da moeda
A DESMATERIALIZAÇÃO DA MOEDA
Da moeda mercadoria até aos nossos dias desenvolveu-se um longo processo de desmaterialização da moeda. Isto é,  a moeda foi perdendo o seu conteúdo material, pois passou a ser formada por pedaços de papel impressos, legalizados pelo Banco Central (papel-moeda) e, mais recentemente, por meros registos contabilísticos, efetuados pelos bancos, da circulação dos depósitos (moeda escritural), não tendo a moeda já nenhuma realidade material.
O incremento das trocas e o desenvolvimento da atividade económica são responsáveis pelo progressivo recurso à moeda escritural, que torna o processo de transação fácil e mais rápido.
Atualmente, enormes quantias circulam entre contas bancárias no mesmo país, ou entre países, através de meios electrónicos, o que constitui mais um passo no  processo de desmaterialização da moeda – grande parte das transações atuais são efetuadas através da movimentação contabilística dos depósitos por via informática.
Obrigações
As obrigações são títulos representativos de partes da dívida de uma empresa, pois correspondem a um empréstimo dos aforradores. Assim, o possuidor de obrigações, designado por obrigacionista é reembolsado pela cedência do seu capital num prazo e juro pre definido.
Joint Venture
Joint venture ou empreendimento conjunto é uma associação de empresas não definitiva e com fins lucrativos para explorar determinados negócios sem que nenhuma delas perca a sua personalidade jurídica.
As empresas têm um acordo temporário com vista à realização de um negocio que no final pode acabar em acordo.
Um exemplo do modelo típico do joint venture seria a transação entre o proprietário de um terreno de excelente localização e uma empresa de construção civil interessada em levantar um prédio sobre o local

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