Livre-Cambismo
Livre-Cambismo
As ideias livre-cambistas nasceram no século XVIII, em França, com os fisiocratas, e foram ainda nesse século defendidas por Adam Smith.
Contudo, é essencialmente no século XIX, em Inglaterra, que elas se desenvolvem através da contribuição de David Ricardo.
Os livre cambistas criticam as práticas protecionistas, na medida em que o protecionismo, impedia a livre concorrência a proteção de determinadas indústrias nacionais menos eficientes, o que se traduz em preços mais elevados para os consumidores, ao mesmo tempo que restringe também a sua liberdade de escolha.
O Comércio Internacional traz vantagens para todos os países que nele participam, assim como para os consumidores, pelo que todas as medidas tendentes a restringi-lo deveriam ser banidas.
Em termos práticos, o Estado não deveria intervir nas trocas, deixando que elas se processem livremente, o que se traduzira na abolição de qualquer instrumento de Política Comercial Externa.
Estas ideias de liberalização do Comércio Internacional, voltaram a ser defendidas depois da Segunda Guerra Mundial.
Efetivamente, no final da Segunda Guerra Mundial, os principais países vencedores concluíram que uma das principais causas da guerra havia sido o protecionismo que no período anterior, ou seja, desde o início do século XX, mas principalmente de 1918 (final da primeira Guerra Mundial) a 1939 (inicio da Segunda), tinha pautado as relações internacionais.
Nessa época era necessário implementar a liberalização do comércio internacional para evitar uma nova guerra.
Por essa razão, no final da Segunda Guerra Mundial foi assinado o Acordo Geral de Tarifas e Comércio, GATT (General Agreement on Trade and Traffic).
Atualmente, desde 1995, o GATT foi substituído pela OMC, Organização Mundial de Comércio (WTO – World Trade Organization).
Atualmente, a OMC funciona ininterruptamente, ao contrário do que sucedia com o GATT, mas o principal objetivo continua a ser a liberalização do Comércio Mundial.
Para atingir esse objetivo a sua atuação passa por:
- dirigir os acordos comerciais
- constituir-se como um fórum de discussão para as negociações de comércio
- moderar as disputas comerciais
- contribuir para a revisão das políticas comerciais nacionais
- apoiar os países em desenvolvimento nas políticas de exportação através da assistência técnica e programas de formação
- cooperar com outras organizações
Desde há 50 anos para cá, as exportações de mercadorias cresceram a nível mundial, a uma média de 6% ao ano, enquanto que o comércio internacional total era, em 2000, 22 vezes maior do que em 1950.