. Relações económicas com o Resto do Mundo
As relações económicas com o Resto do Mundo

As relações económicas com o Resto do Mundo

As relações económicas com o Resto do Mundo

As relações económicas com o Resto do Mundo
As relações económicas com o Resto do Mundo

As relações económicas com o Resto do Mundo

  1. Necessidade e a diversidade de relações internacionais

Nos dias de hoje existe uma grande quantidade de produtos que adquirimos diariamente e que são produzidos fora do nosso país. A produção nacional é insuficiente para assegurar as necessidades da população, e, por outro, muitos dos bens que consumimos não são produzidos em Portugal.
Nunca como nos nossos dias as relações entre os diversos países foi tão importante como hoje. Não existe actualmente nenhum país que esteja tão fechado ao resto do mundo que não sofra influência externa.
 
Existem matérias-primas e condições de produção técnicas e humanas que levam a que certos bens e serviços não possam ser produzidos em Portugal. Por exemplo Portugal não produz petróleo, logo é obrigado a importar este bem que é fundamental para a economia. É devido a esta falta de capacidade de produção interna que leva os países a precisarem de efectuar trocas uns com os outros com o objectivo de conseguirem os bens e serviços de que necessitam.
O comércio é a actividade de troca que possibilita o escoamento dos bens. Esta actividade realiza-se entre agentes nacionais e agentes de outros países (Resto do Mundo). Quando é realizada dentro do território nacional por agentes residentes nesse país, designa-se comércio interno. Quando a actividade de troca é realizada entre agentes nacionais e agentes do Resto do Mundo, denomina-se comércio externo.
Com o aparecimento da moeda e substituição da troca directa passaram a ser facilitadas as trocas que tiveram um aumento da sua frequência.
Contudo foram os descobrimentos que aproximaram culturas muito afastadas de natureza muito diversa, e permitiram a introdução na Europa de diferentes hábitos de consumo impulsionando desta forma o comércio Internacional.
É necessário distinguir o conceito de comércio externo do comércio internacional. O comércio internacional, é um conceito genérico relativo ao comércio que é praticado entre os diferentes países do mundo. O comércio externo respeita à análise, do ponto de vista de um país concreto, das relações que este estabelece com o exterior.
 
 
 
 
As razões que explicam a especialização
Por que razão é que os países não são auto-suficientes, isto é, não produzem tudo aquilo de que precisam?
O que ocorreu ao longo dos tempos é que as sociedades, tal como os indivíduos sofreram um processo de especialização que originou as diferenças de produção a que assistimos e que levam a que se fale da Divisão Internacional do Trabalho (DIT).
Os países apresentam capacidades e características muito diferentes, pelo que divergem bastante uns dos outros. Por um lado,
 
 
Divisão Internacional do Trabalho

  • Sabemos que:
    • Os países desenvolvidos produzem normalmente, bens que incorporam a tecnologia mais avançada; (ao incorporarem tecnologia, permitem a criação de mais valias).
    • Um outro grupo de países, os chamados Novos Países Industrializados (NPI), produzem já muitos bens industriais, mas geralmente, são bens de baixo valor acrescentado. (Por ex. a maior parte dos produtos produzidos na China têm ainda um baixo valor acrescentado).
    • Finalmente, um outro grupo, que engloba os países mais pobres, limita-se a produzir bens primários, bens com pouca ou nenhuma transformação. (vendem apenas produtos não transformados, por exemplo os países da américa do sul, exportam produtos agrícolas mas não transformados, logo criam um baixo valor acrescentado).
  • As razões que estão por detrás desta especialização são diversas:
    • Desigualdade na distribuição dos recursos naturais (Portugal não produz gaz natural porque ele não existe no subsolo português).
    • Factores de natureza geográfica, como o clima, o relevo e tipo de solo são diferentes, condicionando e diversificando, a produção dos diferentes países; Portugal não é competitivo na produção de cereais;
    • As desiguais disponibilidades de capital, bem como de formação de mão-de-obra; (a mão de obra especializada, capital humano é cada vez mais decisiva na competitividade de uma nação)
    • O nível de desenvolvimento tecnológico. (capital técnico)

 
Teoria das Vantagens comparativas

  • Os países apresentam pelas razões anteriormente mencionadas alguns países apresentam vantagens comparativas, relativamente a outros, na produção de determinado tipo de bens tendo-se portanto especializado neles.
  • Esta teoria remonta ao séc. XIX quando David Ricardo, economista inglês do início do séc. XIX publicou a sua obra “Teoria das Vantagens Comparativas”.

 
Por exemplo nas relações existentes entre Portugal e o Reino Unido, existiu desde sempre uma tendência para Portugal se especializar na produção de bens primários e por seu lado, o Reino Unido especializou-se em bens industriais. Por esta razão, na relação da Balança Comercial, o Reino Unido ficou a ganhar em relação Portugal.
 
Vantagem absoluta
Dizemos que um país tem uma vantagem absoluta na produção de um bem ou serviço quando é capaz de produzir esse bem ou serviço de modo mais eficiente do que os outros países. Essa vantagem pode ser natural, se existe nesse país de forma espontânea (por ex. os recursos naturais), ou adquirida, se é resultante de investimento como a formação ou o desenvolvimento tecnológico em áreas concretas. Por exemplo a nível da produção de carne bovina a zona dos Açores tem uma vantagem absoluta sobre qualquer outra zona do território português.
Entretanto, um país pode apresentar vantagem absoluta em relação a muitos (ou todos) os produtos e, mesmo assim, optar por se especializar apenas na produção de alguns.(Vai optar pelos produtos que têm maior valorização económica).
Nesta situação, o país vai especializar-se na produção daqueles bens em que é comparativamente mais eficiente, adquirindo a outros países os restantes produtos. O país, ao dedicar-se à produção dos bens em que é comparativamente mais eficiente, vai obter maiores rendimentos que lhe permitem comprar a outros países os bens que deixou de produzir e ainda ficar a ganhar dinheiro. Esta situação resulta da teoria das vantagens comparativas.
Por exemplo a Suíça, é especializada em seguros, banca, relojoaria e produção de chocolates.
Definições:
Vantagem absoluta: Um país tem vantagem absoluta na produção de um bem, quando é capaz de produzir esse bem de forma mais eficiente do que os outros países
Vantagem comparativa: Um país deve especializar-se na produção dos bens em que é comparativamente menos eficiente, independentemente de ter, ou não, vantagem absoluta na produção de alguns bens.
 
 
Exercícios saídos em Exame

  1. Diz-se que um país tem uma vantagem comparativa na produção de um bem ou serviço quando…
    1. Se especializa na produção dos bens em que é comparativamente mais eficiente que os outros países
    2. Não é capaz de produzir esse bem ou serviço de forma mais eficiente que os outros países
    3. Consegue produzir maiores quantidades desse bem do que outros países
    4. Comercializa esse bem
  2. Quando um país é capaz de produzir um bem ou serviço de forma mais eficiente que os outros países, diz –se que…
    1. O país em causa tem uma vantagem adquirida na produção desse bem ou serviço
    2. O país em causa tem uma vantagem absoluta na produção desse bem ou serviço
    3. O país deve optar por se especializar na produção de diversos bens e serviços
    4. Como o país e comparativamente mais eficiente, deve dedicar-se à produção de outros bens e serviços.
  3. Um país detêm uma vantagem absoluta na produção de um bem…
    1. quando produz esse bem com um custo relativo inferior a outro país.
    2. quando a sua elevada produtividade lhe permite produzir esse bem ao menor custo possível.
    3. quando se especializa na produção de muitos bens.
    4. quando produz uma grande quantidade desse bem.
  4. A taxa de cobertura de um país é inferior a 100% quando…
    1. o valor das suas importações é superior ao valor das suas exportações.
    2. o valor das suas importações é inferior ao valor das suas exportações
    3. o total das importações e exportações é inferior ao seu PIB pm
    4. o valor das suas exportações é inferior ao seu PIBpm
  5. Uma economia que procura ser auto-suficiente, não efectuando transacções comerciais com o agente Resto do Mundo, designa-se por…
    1. Economia Aberta
    2. Economia Fechada
    3. Economia de subsistência
    4. Economia paralela
  6. O conceito associado à especialização de cada país na produção de alguns produtos e aquisição dos restante ao Resto do Mundo intitula-se…
    1. Divisão Natural do Trabalho
    2. Vantagem Absoluta
    3. Divisão Internacional do Trabalho
    4. Internacionalização da produção.
  7. O peso do comércio externo de um país…
    1. traduz a evolução das exportações desse país ao longo do tempo.
    2. traduz o grau de abertura desse país ao exterior.
    3. permite averiguar se o valor das exportações é suficiente para cobrir o valor das importações.
    4. traduz as oscilações cambiais.
  8. Uma política intervencionista…
    1. permite o funcionamento dos mecanismos de mercado.
    2. impõe barreiras à livre circulação de mercadorias
    3. regula o comércio externo
    4. aplica impostos como medidas sancionatórias
  9. Na Balança de rendimentos englobam-se…
    1. os rendimentos das instituições financeiras
    2. os rendimentos das viagens e do turismo
    3. os rendimentos dos direitos de utilização
  10. A especialização de cada país na produção dos bens sobre os quais detém uma maior aptidão e que lhe permitem produzir de uma forma mais eficiente que os outros países deu origem…
    1. à Divisão Internacional do Trabalho
    2. à Divisão Natural do Trabalho
    3. à Divisão Social do Trabalho
    4. ao comércio internacional.

Registo das relações com o Resto do Mundo
A Balança de Pagamentos
Regista todas as transações efetuadas entre uma nação e o resto do mundo

Balança de Pagamentos
Balança de Pagamentos



Balança Corrente
A Balança Corrente regista os fluxos de capital (entradas e saídas) que envolvem Bens, Mercadorias e Serviços também engloba a Balança de Rendimentos e a Balança de Transações Correntes

Balança de Mercadorias: Representa o afluxo de exportações face ao afluxo de importações
As importações, implicam saída de divisas (é moeda aceite em transações internacionais, como o dólar, o euro ou o yene).
As exportações pelo contrário implicam entrada de divisas devido à venda de produtos ao exterior.

  • Nesta balança são registados os fluxos monetários resultantes das trocas de mercadorias do país com o exterior.
  • Quando um país compra mercadorias a outro está a efetuar uma importação, a que corresponde, em termos monetários, uma saída de moeda da sua economia, que é registada nesta balança a débito.
  • O registo a crédito verifica-se quando um país vende mercadorias ao exterior, o que corresponde a uma entrada de moeda, designando-se este movimento por exportação.

 
 
Balança de Rendimentos:
Rendimentos de trabalho e Rendimentos de investimento

  • Registam-se nesta balança os fluxos monetários resultantes da movimentação de rendimentos de dois tipos:
    • Rendimentos de trabalho;
    • Rendimentos de investimento;

 
Balança de Serviços
Compreende as transações efetuadas na prestação de serviços entre residentes e não residentes. Engloba o turismo (Portugal tem valor positivo), transportes e direitos de autor e royalties, comunicações e informática.

  • Na Balança de Serviços são registados os fluxos financeiros relacionados com a prestação de serviços entre países, um dos mais importantes serviços, em especial no caso português, são as receitas com a atividade turística. Dada a sua similaridade, muitas vezes é efetuada a junção entre a Balança Comercial e a Balança de Serviços, resultando daí a Balança de Bens e Serviços.

 
Balança Comercial

  • Na Balança Comercial são registados os valores das importações e das exportações de mercadorias. No caso do valor das importações ser superior ao valor das exportações, a saída de capitais é superior à entrada de capitais pelo que o saldo da Balança Comercial é desfavorável diz-se que se verifica um défice comercial. Pelo contrário, se o valor das exportações for superior ao valor das importações a entrada de capitais é superior à saída de capitais pelo que o saldo da Balança Comercial é favorável, neste caso temos um superavit comercial.

 
Indicadores do Comércio Externo

  • Dos diversos indicadores do comércio externo salientamos 2:
    • Taxa de Cobertura;
    • Estrutura do Comércio Externo;

 

 
 
Taxa de cobertura
A taxa de cobertura, representa a percentagem do valor das importações que é paga pelas exportações.
Se a taxa de cobertura for maior que 100%, significa que o país está com um saldo positivo.
Se a taxa de cobertura for igual a 100% significa que o país está com saldo nulo relativamente às importações
Se a taxa de cobertura for inferior a 100% significa que o país está em défice comercial, as importações valem mais que as exportações.
No caso de Portugal, com algumas exceções temos regularmente um saldo tendencialmente negativo.
Balança de Mercadorias e a Tx de cobertura

  • Quando a balança de mercadorias é deficitária, ou seja, o seu saldo é negativo, a taxa de cobertura tem um valor inferior a 100, uma vez que significa que o valor das exportações é inferior ao das importações
  • Quando o saldo é nulo, a Balança está equilibrada e a tx de cobertura é igual a 100
  • Quando o saldo é superavitário a taxa de cobertura é superior a 100.

 Questão de exame
A taxa de cobertura de um país é inferior a 100% quando…
O valor das suas importações é superior ao valor das suas exportações.
o valor das suas importações é inferior ao valor das suas exportações.
o total das importações e exportações é inferior ao seu PIB pm
o valor das suas exportações é inferior ao seu PIBpm.
Estrutura da Balança Comercial e Estrutura do comércio externo

  • A Estrutura do Comércio Externo pressupõem uma análise do tipo de bens que o país exporta e que importa.
    • Quando uns pais importa essencialmente bens que incorporam uma elevada e sofisticada transformação industrial e simultaneamente, exporta bens com fraca ou nenhuma transformação estamos a falar de um pais pouco desenvolvido.


Representa o desenvolvimento do país
Isto é, os países mais desenvolvidos tendem a ter exportações de bens com mais valor acrescentado. Produtos transformados que incorporam tecnologia.
Na questão dos países menos desenvolvidos optam por produzir bens com pouco valor acrescentado em que a tecnologia é muito baixa.
Os países subdesenvolvidos têm um elevado grau de dependência tecnológica.
Grau de abertura ao exterior
O grau de abertura ao exterior é outro indicador indispensável para se analisar a importância do comércio exterior.
Países mais desenvolvidos com uma economia aberta têm um grau de abertura ao exterior muito elevado.
Países mais fechados com uma economia semi-aberta, como por ex. cuba. Têm um grau de abertura mais baixo.

Mercado de Câmbios

  • O valor da moeda não é algo imutável. As moedas tais como qualquer outra mercadoria, são objeto de transação. O mercado onde se trocam moedas designa-se Mercado de Câmbios. O valor da moeda nesse mercado depende da oferta e da procura dessa moeda.
  • Para que esse câmbio seja possível, é necessário que exista uma relação de troca quantitativa, entre as 2 moedas.
  • A relação existente entre 2 moedas chama-se taxa de câmbio.

Sistema de Câmbios Flexíveis

  • Quando as autoridades monetárias se abstêm de intervir, deixando o mercado, através do seu mecanismo regulador, a tarefa de fixar as taxas de câmbio da sua moeda.

Sistema de Câmbios Fixos

  • Quando as autoridades monetárias do país definem elas próprias as taxas de câmbio da sua moeda face às outras, intervindo no mercado sempre que necessário para manter essas paridades previamente fixadas.

Valorização e desvalorização da moeda

  • Quando a taxa de câmbio de uma moeda desce temos uma desvalorização ou depreciação da moeda. Nesta situação a nossa moeda passa a valer menos face às moedas estrangeiras, por exemplo se o Euro valorizar face ao dólar um turista americano no Algarve vai ter que dar mais dólares para passar férias em Portugal. Por outro lado um português que compre um computador americano vai ter que dar menos euros para a transação pois o euro fica valorizado face ao dólar.

 
Relação entre o câmbio e a balança de mercadorias

  • Antes de Portugal aderir à moeda única Portugal recorria várias vezes à desvalorização da sua moeda como factor de competitividade internacional pois desta forma conseguia ser mais competitivo no mercado internacional pois aumentava as suas exportações ao mesmo tempo que baixava as suas importações causando melhorias na sua balança de mercadorias.

 
 
Divisas

  • Moeda com aceitação internacional que por essa razão é utilizada como forma de pagamento nas trocas internacionais.
  • -Meios de pagamento utilizados no comércio internacional (ex: euro e reservas de ouro).
  • -Nem todas as moedas nacionais são aceites nas trocas internacionais, por estarem sujeitas a flutuações frequentes ou porque se verifica uma instabilidade económica nesses países.
  • -As divisas utilizadas pelos importadores são moedas fortes, ou seja, com uma elevada procura no comércio internacional.
  • -Atualmente o dólar e o euro são divisas fortes com boa aceitação nas relações económicas internacionais.
  • Exemplo:
  • -Na zona Euro, os pagamentos são efetuados em euros.
  • -Em situações de comércio entre a zona Euro e um país fora desta zona, é necessário fazer pagamentos na moeda do país em causa, numa aceite internacionalmente ou em ouro proveniente das reservas dos bancos centrais…

Balança de transferências Correntes

  • Balança de transferências: onde se destacam as remessas dos emigrantes.
  • Registam-se os seguintes fluxos monetários
  • Remessas de emigrantes e imigrantes
  • Transferências correntes com a EU
  • Fluxos financeiros associados a cooperação entre estados
  • Recebimento de pensões por emigrantes regressados definitivamente.
  • Estas transferências são classificadas como:
    • Públicas, quando envolvem o Estado Português;
    • Privadas, quando o Estado Português nelas não intervém, mesmo quando provenientes de outro Estado ou organização estadal.

 
Balança de Transferências Unilaterais

  • Na Balança de Transferências Unilaterais são registados as entradas e saídas de valores sem contrapartidas reais associadas como sejam os subsídios comunitários recebidos, as doações obtidas e concedidas e as remessas dos emigrantes obtidas e concedidas.

 
Os fluxos migratórios e as relações económicas

  • Os movimentos de pessoas entre os diferentes países, migrações, conduzem a transferências monetárias para os seus países de origem, transferências essas que designamos de remessas dos emigrantes, extremamente importantes para alguns países para o equilíbrio das suas contas externas.
  • Atualmente os capitais circulam com maior facilidade entre os diversos países procurando condições mais atrativas, e quando essas condições deixam de existir ou se tornam menos atrativas transferem-se com grande facilidade para outras regiões.
  • Da mesma forma também os empréstimos efetuados entre instituições de diferentes países, muitas vezes utilizados para suprir a escassez de capital característica dos países mais pobres e, assim financiar projetos de desenvolvimento económico ou outros.

Balança Corrente

  • Balança Corrente: Balança de Mercadorias, Balança de Serviços, Balança de Rendimentos, Balança de Transferências Correntes.
  • O Saldo da Balança Corrente indica, de certa forma, se uma economia está a viver dentro dos limites do seu rendimento.
  • Se apresenta valores positivos a poupança interna é excedentária face às necessidades nacionais;
  • Se o saldo é negativo mostra que o nível da atividade económica interna está a ser sustentado da entrada de Poupança Externa.

 
Balança de Capital

  • Balança de Capital: inclui os fluxos não correntes de capitais entre um país e o resto do mundo (uma os recebimentos de capitais da EU ou os fluxos associados à cooperação entre Estados).

Balança Financeira

  • Balança Financeira: destaca-se o investimento direto estrangeiro entre um pais e o resto do mundo.
  • A Balança Financeira é composta por 5 rubricas:
  • Investimento direto
  • Investimento de Carteira
  • Outro investimento
  • Derivados financeiros
  • Ativos de Reserva

 
 
 

Políticas comerciais e a organização do comércio mundial
Existe duas teorias diferentes relativamente ao comércio internacional: o Protecionismo e o Livre Cambismo.
Protecionismo – Instrumentos de Política Externa
 

  • O Protecionismo está relacionado numa fase inicial à corrente mercantilista que vigorou nos séculos XVI e XVII, um pouco por toda a Europa.
  • Esta corrente defendia que a riqueza de um pais dependia da quantidade de metal precioso que detinha para aumentar a sua riqueza cada país importava o mínimo possível pois as importações implicavam a saída do metal precioso.
  • Desta forma cada país tentava restringir o comércio com o exterior, pelo menos no que respeita às importações, já que as exportações implicavam a entrada de metal precioso.
  • Este princípio voltou a ser defendido e posto em prática no séc. XX, principalmente no período entre as 2 guerras mundiais, depois de um interregno de 2 séculos em que foi substituído pelas ideias livre-cambistas.

Tipos de protecionismo menos transparentes:

  • Subsídios às exportações
  • Dumping
  • Desvalorização da moeda
  • Vantagens e inconvenientes do protecionismo. O protecionismo poderá ser justificado em determinados períodos e para certos bens.
  • Protecionismo às Importações
  • Barreiras Alfandegárias
  • -Barreiras Tarifárias (ex: Direitos aduaneiros)
  • -Barreiras não tarifárias (ex: Contingentes)
  • Protecionismo às Exportações
  • -Subsídios à exportação
  • -Dumping (Económico, social, fiscal e ecológico)
  • -Desvalorização da moeda

Instrumentos de Politica Comercial Externa

  • Direitos aduaneiros: trata-se de impostos que são aplicados aos produtos importados, que, assim se tornam mais caros, desincentivando, desta forma, a sua aquisição pelos consumidores.
  • Contingentação: fixação de limites máximos em volume ou valor monetário para a importação de determinados tipos de produtos.
  • Barreiras não tarifárias: inclui-se dentro desta categoria todo um conjunto de obstáculos às importações que não passam pelo pagamento de quaisquer taxas ou impostos mas pela exigência de cumprimento de determinadas regras de segurança ou de higiene ou outras, no sentido de dificultar essas mesmas importações.
  • Subsídios à Exportação: neste caso, assim como no exemplo seguinte, o objectivo não é o de desencorajar as importações, mas o de encorajar as exportações.
  • Dumping: trata-se de um termo técnico utilizado para definir a venda, no exterior, de um produto a preços inferiores aos praticados dentro do espaço nacional.

Dumping

  • É a forma mais comum de comportamento ilegal de concorrer no mercado internacional quando os bens são vendidos a preços inferiores ao seu custo de produção ou mais baratas do que no mercado interno dos países exportadores. Esta prática visa eliminar concorrentes, aumentar a quota de mercado dos países exportadores, mas origina prejuízos materiais à indústria dos países importadores. É o dumping económico. Podemos falar ainda em dumping:
  • -social
  • -ecológico
  • -monetário
  • -fiscal
  • Quando os bens são vendidos a preços mais baixos do que no mercado interno dos países exportadores, em consequência baixos ordenados e más condições de trabalho falta de legislação que obrigue as empresas a não poluir o ambiente, manipulação das taxas de câmbio e evasão fiscal e facilidades fiscais.
  • O dumping social (exploração da mão-de-obra) surge quando os baixos custos de produção com base na mão-de-obra barata, permite fixar preços mais baixos aumentando a competitividade à custa de um problema social.
  • Será dumping monetário quando as autoridades monetárias manipulam as taxas de câmbio para que os produtos sejam mais competitivos ao nível internacional.

 
 
Livre Cambismo

  • A teoria livre-cambista deriva da filosofia política liberal nascida no século XVIII. A Grã-Bretanha foi a grande incentivadora do livre-cambismo, pois, tendo sido a primeira nação a encetar a Revolução Industrial, via no livre-câmbio de mercadorias a melhor forma de expandir as sua exportações e, em consequência, a sua economia

Autores ingleses como Adam Smith e David Ricardo salientaram as vantagens de uma ordem económica internacional baseada nesta doutrina: só ela proporcionaria a melhor utilização possível dos recursos, mediante a especialização dos países nas atividades para as quais estão mais vocacionados (a chamada divisão internacional do trabalho).
 
Livre Cambismo versus Protecionismo
 
 
 
 
Exercícios saídos em Exame
3 . Uma dada empresa utiliza o subsídio à exportação, concedido pelas autoridades do país onde reside, para vender, no Resto do Mundo, os bens produzidos a um preço inferior ao custo unitário de produção, continuando a vendê-los, no mercado interno, a um preço superior ao custo unitário de produção. Esta estratégia, que permite aumentar as vendas no mercado externo, é considerada uma.
1. prática de dumping e integra-se na política comercial protecionista.
2. prática concorrencial e integra-se na política comercial de comércio livre.
3. medida de contingentação e integra-se na política comercial protecionista.
4. medida tarifária e integra-se na política comercial de comércio livre.
 

  1. A Balança Corrente compreende de uma forma geral…
    1. Apenas fluxos que se estabelecem entre diferentes países relativos a transacções com mercadorias e serviços;
    2. Todas as transacções correntes efectuadas entre agentes residentes e não residentes no âmbito do comércio internacional
    3. Apenas os fluxos que se estabelecem entre diferentes países relativos a pagamentos de transacções com mercadorias, serviços, rendimentos e transferências correntes
    4. Apenas os fluxos que se estabelecem entre diferentes países relativos a recebimentos de transacções com mercadorias serviços, rendimentos e transferências correntes.
  2. Num determinado país, em 2013, o Estado efectuou o pagamento de juros, ao Resto do Mundo, de um empréstimo obtido no ano anterior. Em 2013, nesse país, o valor desses juros pagos pelo Estado foi registado a débito na
    1. Balança de transferências correntes
    2. Balança de rendimentos
    3. Balança de capital
    4. Balança financeira
  3. Num dado ano, uma instituição bancária residente em Portugal concedeu um empréstimo a uma empresa francesa não residente em Portugal. Esta operação será registada a débito
    1. Na Balança financeira portuguesa;
    2. Na Balança de capital portuguesa
    3. Na Balança de rendimentos portuguesa
    4. Na Balança corrente portuguesa
  4. Uma empresa franchisada, residente em Portugal, paga anualmente a uma empresa franchisadora, residente na Finlândia, 10 000 euros relativos a royalties (direitos de utilização). Este valor é registado na Balança de
    1. Rendimentos portuguesa
    2. Serviços portuguesa
    3. Investimento portuguesa
    4. Capital portuguesa
  5. o quadro onde se registam todas as transações económicas que se operam entre um país e o Resto do Mundo denomina-se…
    1. Orçamento de Estado
    2. Quadro de Entradas e Saídas
    3. Balança de Pagamentos
    4. Balança Corrente.
  6. A Balança Comercial engloba…
    1. as vendas de mercadorias ao estrangeiro.
    2. os investimentos das empresas nacionais no estrangeiro,
    3. os movimentos de capitais provenientes do exterior.
    4. a aquisição de patentes estrangeiras.
  7. Em Portugal, nos anos mais recentes, a Balança de Serviços tem registado saldos positivos, devido, sobretudo, ao contributo positivo da rubrica…
    1. transportes.
    2. viagens e turismo.
    3. seguros.
    4. transferências privadas

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